"O Principezinho", sempre actual
Conspiração

"O Principezinho", sempre actual



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O livro "O Principezinho"de Antoine de Saint-Exupéry deveria ser de leitura obrigatória para todos os que acreditam que um mundo melhor é possível.

À primeira vista pode parecer um livro para crianças, mas é muito mais do que isso, trata-se de uma obra fundamental para perceber os elos entre a amizade, o amor, a tolerância e o humanismo.




Conto poético e filosófico, este pequeno livro foi publicado inicialmente nos Estados Unidos em abril de 1943 onde estava exilado, e depois em França em 1946. Traduzido em mais de 140 línguas, é o mais vendido no mundo depois  da Bíblia. O segredo? Uma criança, um aviador, uma rosa, uma raposa, uma ovelha e uma serpente.
Em 1943, decide deixar os Estados Unidos para aderir às forças francesas livres na Argélia. O seu livro é publicado dois anos depois da sua morte.


O que muita gente retém da obra é a frase emblemática: "Adeus, diz a raposa. Eis o meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração, o essencial é invisível para os olhos". Mas existe uma outra frase, tão ou mais importante do livro que é menos esotérica, "Foi o tempo que tu perdeste com a tua rosa que tornou a tua rosa tão importante".


Estas são lições de amor e tolerância que escasseiam na nossa sociedade contemporanea feita de imediatismo, consumismo e intolerância. O segredo está também na frase: "se queres um amigo, domestica-me", isto é, cria uma ligação. O outro com as suas diferença, fixado na sua aparência, aquela que muitas vezes nos querem fazer crer através dos estigmas mediáticos, só pode ser compreendido através de uma relação do mútuo conhecimento, das suas diferencias, só então podemos conhecer as suas singularidades para além das aparências. Essa "démarche" requer da nossa parte um esforço, coisa que o mundo moderno não está disposto.


O livro está cheio de referências maçónicas: o Princepezinho "visita sete planetas", " a realidade é invisível para os olhos". Para atingir um fim tem de passar por um certo número de rituais: "as estrelas são belas por causa de uma flor que não se vê", "fingirei estar mal. Posso parecer ter morrido, mas não será verdade, não poderei levar este corpo no além", ...


Aos dez anos de idade, morre o seu irmão mais velho, guardará sempre com ele a sua fotografia, perda de uma amizade perdida. Em 1921 Saint-Exupéry obtém a licença de piloto, escreve: "o piloto não sente em vôo a vertigem, mas sim o trabalho misterioso da carne viva", e "a terra é tranquilizadora com os seus campos recortados e as suas florestas geométricas" e ainda, "e então escalando hora após hora esta escada de estrelas até ao amanhecer, sentimos-nos puros".


Após deixar as forças armadas, em 1926, torna-se responsável do correio de longo curso, escreve então: "Sempre gostei do deserto, sentamos-nos numa duna de areia. Não vemos nada, não ouvimos nada e apesar de tudo, existe algo radiante no silêncio. O mais belo no deserto, é que esconde um poço algures".


A rosa do Princepezinho é a rosa da maçonaria, testemunho de amor. A rosa de Saint-Exupéry era a sua mulher Consuelo a quem escrevia alguns dias antes da sua morte: "Levar-te-ei a belos países onde se esconde ainda um pouco de mistério e onde as noites são frias como uma cama...e onde se domesticam as estrelas".


Para Saint-Exupéry devem existir rituais: "têm-de existir rituais, os rituais estão demasiado esquecidos".


Tudo no Princepezinho é um percurso iniciático, as personagens "uma criança", uma "serpente" e uma "raposa" (muito humana), tal como na Bíblia onde as personagens são apenas símbolos e nunca existiram, como nas personagens de Alice no país das maravilhas, a aventura do Princepezinho é uma aventura iniciática.


A tentar racionalizar um livro tão marcante e poético como o Princepezinho, pode parecer que se está a "matar" o seu charme, mas isso é porque "as pessoas adultas não perceberam nada, e precisam sempre de explicações" e "nunca perceberam que existe sempre qualquer coisa para além das aparências" como o que existe realmente pode existir dentro do "chapéu".


Este texto é dedicado a uma pessoa muito especial que se irá reconhecer. "Se uma criança vai ter convosco, se ri, se tem os cabelos cor de ouro, se não responde quando a interrogam, advinham logo quem ela é. Então sejam meigos!  não me deixem triste: escrevam-me depressa a dizer que ele voltou"...



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