Conspiração
Ayelet, o anjo da morte
A parlamentar israelita Ayelet Shaked chamou de "terroristas" todos os palestinianos e realçou como
todas as "mães palestinianas" deveriam ser mortas durante um ataque na Faixa de Gaza.
Shaked não representa todo o parlamento israelita, como é óbvio, mas faz parte dele, militando na Casa Hebraica, um partido político-religioso sionista. O problema é que este partido faz parte do governo.
Como o descendente do Partido Nacional Religioso, a Casa Hebraica está disposta a cooperar com os outros partidos mas sem abdicar dos seus objectivo: criar um sistema de governo regido pela lei judaica. Na prática, é a contrapartida hebraica dos movimentos muçulmanos que tencionam estabelecer governos religiosos nos Países onde domina o Islão.Os membros da Casa Hebraica aderem à crença de que os judeus são divinamente destinados a manter o controle sobre a terra de israel e muitos entre os membros têm tomado a iniciativa na criação dos assentamentos israelitas em territórios palestinianos. Ao longo de muitos anos, esta comunidade tem sido politicamente fracturada e fraca, todavia, durante as eleições de 2013, o partido apelou aos eleitores tanto religiosos quanto seculares; e o líder Naftali Bennett, milionário da alta tecnologia (Soluto, Seguros RSA) tem conquistado votos com a promessa de "aliviar a carga" na classe média em termos de trabalho e impostos.E aqui entra em cena a simpática Ayelet Shaked:
Eles devem morrer e as suas casas que sejam demolidas, para que possam trazer à tona outros terroristas. Eles são todos nossos inimigos e o sangue deles será derramado nas nossas mãos. Isso vale também para as mães dos terroristas mortos.
Um convite para o genocídio, portanto, comentado também pelo Primeiro-Ministro turco, Recep Tayyip Erdogan:
Qual é a diferença entre esta mentalidade e Hitler?
Sem dúvida, esta jovem psicopata não tem noção daquilo que disse, mas alguém (um parente, um amigo, um colega parlamentar?) poderia ter aconselhado um pouco de silêncio. Porque Ayelet calada é uma poeta.
Mas nada disso. A simpática Ayelet publicou no Twitter:
Por trás de qualquer terrorista há dezenas de homens e mulheres, sem os quais não poderia fazer nada. São todos combatentes inimigos, e o sangue deles cairá sobre todas as suas cabeças. Incluindo as mães dos mártires que os acompanham para o inferno com flores e beijos. Elas deveriam seguir os seus filhos, nada seria mais justo. Deveriam segui-los e as suas casas, onde criaram as cobras, deveriam ser aniquilados. Caso contrário, vão criar outras cobras.
Quando Mohammed Abu Khudair, de 17 anos, foi sequestrado e queimado vivo, Ayelet escreveu:Esta é uma guerra. Não é uma guerra contra o terrorismo, não é uma guerra contra o extremismo ou até mesmo contra a autoridade palestiniana. Seria ignorar a realidade. Esta é uma guerra entre dois povos. Quem é o inimigo? O inimigo é o povo palestiniano. Porque? Perguntem a eles, eles são os que começaram a guerra.
Comentário? Não, há pensamentos que não precisam de nada, são apenas para ser lidos: o resto é vem de forma natural.
A esperança é que apareçam outros 100, 1000, 10000 como Ayelet Shaked, que gritem ao mundo com toda a força o seu ódio por tudo o que não é judeu. A esperança é que o grito seja ouvido em todo o mundo, mesmo por aqueles que agora não querem ouvir. Para que todos possam perceber o que é o sionismo, como entre os filhos e os netos da vítimas do Holocausto haja nazis, e dos piores.
E para que israel, a parte sã daquele país, possa esperar num futuro normal.
Ipse dixit.
Fonte: The Independent
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