P.P.Coelho (dir.) e P.Portas (esq.) |
Que fique muito claro perante o país e os senhores deputados, porque não vale a pena insistir em fantasias, o Governo não está a preparar nenhum pedido de resgate.Pedro Passos Coelho, Primeiro Ministro, 05.04.2013:
O Governo não está a preparar segundo resgate coisa nenhumaPedro Passos Coelho, Primeiro Ministro, 26.06.2013
Portugal está mais próximo de fechar o plano de ajuda [externa] sem necessitar de um segundo resgatePaulo Portas, Vice-Primeiro Ministro, 03.04.2013:
Estando Portugal a cerca de um ano do fim do programa, tendo os portugueses feito sacrifícios, está o maior partido da oposição consciente que eleições conduziriam a um segundo programa e a um segundo resgate? Ou seja, seria a mais tempo de protectorado.Miguel Frasquilho, PSD, 07.06.2013:
E defender eleições antecipadas nesta altura é o mesmo que dizer aos Portugueses: preparem-se que vão ter uma nova dose de austeridade como até agora nunca tiveram. Seria irmos direitinhos a um segundo resgate. É, em suma, uma não-opção – pelos danos e dificuldades adicionais que causaria a todos os Portugueses.
Bruxelas prepara uma segunda linha de suporte preventivo para Portugal
A Comissão Europeia está a preparar uma segunda rodada de ajuda para Portugal, e poderia explorar a mesma possibilidade com a Irlanda, pelo que é muito difícil que Lisboa possa voltar novamente aos mercados com o sucesso garantido no próximo verão, quando o actual programa de resgate expirar.
Portugal mostra claros sinais de fadiga de vários lados. As medidas de austeridade a que o país foi submetido falharam, o governo tem vacilado nos últimos dias, a recessão e o desemprego estão piorando e os mercados não perdoam: os juros sobre a sua dívida subiram novamente tão alto quanto as dúvidas sobre a estabilidade política e a recuperação.
Duas fontes da UE dizem que Bruxelas já está em negociações com Lisboa para uma "linha de crédito de precaução" do fundo de resgate europeu: um resgate suave como uma medida preventiva para garantir a saída do programa em Maio de 2014.
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Portugal é o aluno mais diligente da troika: o governo conservador aprovou todas as reformas e os cortes solicitados, mas mesmo assim, ou talvez por causa disso, não consegue ver o fim do túnel. Duas vezes Bruxelas deu mais tempo em relação ao deficit. A troika também estendeu o prazo de reembolso dos 79.500 milhões de ajuda. E nada: a economia Portuguesa, [...] além de alguns temporários sinais de encorajamento dos mercados (sinais quebrados na semana passada, ao primeiro sinal de crise política) e um superavit comercial que conta mais com o colapso da demanda do que com as exportações, não voa.Esquisito: não temos eleições e temos o segundo resgate?