Por definição as Organizações não-governamentais (ONG) são independentes dos Estados e representativas dos cidadãos. Na realidade, elas são cada vez mais subvencionadas pelos governos e financiadas por grandes empresas multinacionais.
Apesar de não ter qualquer legitimidade democrática, algumas aspiram a participarem num "governo mundial".
Quais são os reais interesses que as ONG representam?
O poder crescente das ONG.
A grande maioria dos militantes das ONG são pessoas honestas e movidas por ideais exaltantes. Muitos desses militantes provêm de organizações políticas, nomeadamente comunistas, que com a queda do muro de Berlim canalizaram os seus valores de paz e anticapitalismo para o combate ecológico.
Desde então formaram-se milhares dessas organizações e hoje em dia o Conselho Económico e Social das Nações Unidas concedeu a 3 195 ONG o estatuto de órgãos consultivos nas conferências internacionais. Nestas conferências as ONG tentam fazer prevalecer os seus pontos de vista.
Sem querer minimizar a importância social e ambiental destas organizações, algumas ONG servem para branquear a imagem de certas empresas multinacionais que as financiam e permitem a algumas dessas empresas ter um papel politico escondido. Quando são subsidiadas pelos governos, funcionam como os seus prolongamentos políticos.
Os média fazem frequentemente eco das declarações das ONG porque estas falam com paixão e entusiasmo. As ONG permitem-se criticar e julgar os políticos sem que alguém as responsabilize por isso. As mensagens subtis dos lobbies podem assim ser transmitidas pelas ONG.
Frequentemente algumas ONG emitem as suas convicções sem ter em conta os constrangimentos práticos que tais medidas criam e adoptam posições intolerantes.
Os lobbies da energia eólica financiam a maioria das ONG promotoras dessa energia. Esses lobbies são as grandes empresas de gás. Porque o que não dizem os ecologistas promotores da energia eólica é que se é verdade que é muito atractiva a produção gratuita de energia graças ao vento, quando não há vento a produção de electricidade é feito pelas centrais a gás anexas. A construção dos parques eólicos implica portanto um grande investimento em centrais a gás.
Greenpeace é financiada pelas multinacionais e grandes grupos financeiros.
Muitas das ONG referem receber apenas donativos dos seus associados, o que não é verdade. Então porquê escondê-lo. Um exemplo tipico é o caso de Greenpeace.
Hoje em dia, Greenpeace é uma poderosa organização que possui 8 barcos de grande tonelagem, 1 hidroavião, 20 barcos pneumáticos, 2 helicópteros, 1 balão de ar quente e uma lancha rápida, cuja manutenção custa 5 milhões de Dólares por ano.
Apesar de negar receber qualquer dinheiro sem ser dos seus associados, encontramos na página da internet da Rockefeller Brothers Foundation um donativo de 1 080 000 Dólares entre 1997 e 2005 para a Greenpeace ( http://www.activistcash.com/foundation.cfm/did/166), na página da Turner Foundation donativos de 1 390 000 Dólares para a Greenpeace entre 1996 e 2001 (http://groups.google.com/group/alt.global-warming/browse_thread/thread/3f7465ddb5e48a49), e a lista é longa.
Patrick Moore, fundador da Greenpeace que deixou em 1986 diz: "Durante 15 anos, cada dia que passava era contra três ou quatro coisas, acabei por realizar que também gostaria de ser a favor de qualquer coisa para variar, já era tempo de pensar em soluções em vez de estarmos sempre focalizados em problemas".
Outro fundador, Paul Watson, lamenta que o movimento Greenpeace tenha abandonado a ecologia científica nos anos 80 para adoptar uma doutrina extremista que vê no ser humano como sendo o cancro da Terra. "São extremistas que se desviaram da causa ambiental para seguirem programas que nada têm a ver com a ecologia. Dezenas de milhões de Dólares e muito tempo desperdiçado são gastos com coisas que nada têm a ver com o meio ambiente, mas sim com a desinformação e a procura histérica de fundos".