O petróleo nos bastidores da divisão do Sudão
Conspiração

O petróleo nos bastidores da divisão do Sudão


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No próximo fim de semana, o Sudão vai realizar um referendo para a eventual divisão do país em dois.

Os media pretendem fazer crer à opinião pública que os conflitos no Darfur são um problema étnico e religioso.Na realidade trata-se de uma guerra económica, um guerra para o controlo do seu petróleo.




Dividir para reinar...


As grandes potências coloniais criaram em África fronteiras fictícias sem ter em conta a realidade no terreno e ainda menos a dos seus povos. O mesmo se passou com o Sudão, quando da invasão do Egipto pelo império britânico, se tornou numa colónia anglo-egípcia em 1898.
A Inglaterra aplicou aí a sua política de "dividir para reinar", foi assim que o Sudão foi dividido em duas parte: o norte islâmico, com o árabe como língua oficial, e o sul, com a imposição do inglês e a conversão da sua população ao protestantismo.



Aquando da sua independência em 1956, as relações entre as duas partes do país eram problemáticas. As riquezas e o poder estavam centralizadas no norte, sobretudo à volta de Cartum, enquanto o sul vivia como vivem as comunidades africanas tradicionais. Ao reclamar uma distribuição equitável em todo o território, eclodiu a primeira guerra civil que iria durar até 1972.


Após ter sido assinado um acordo de paz, esta paz será de curta duração.


No fim dos anos 70, a companhia petrolífera americana Chevron descobre importantes reservas de petróleo no sul do Sudão. O norte e o seu governo central vão então tentar, com a ajuda dos americanos, controlar o sul. Dá-se uma nova guerra entre o norte e o sul a partir de 1980 que irá durar 25 anos.




O mito da guerra étnico-religiosa.


As guerras civis entre o norte e o sul não são de origem étnica ou religiosas, são guerras económicas. Hoje em dia, a região do Darfur é composto por tribos muçulmanas, como os Janjawids ou os Takawas, que ocupam este mesmo espaço com os agricultores sedentários. Durante os períodos de seca, as tribos nômades migram para as zonas dos agricultores sedentários e dão-se alguns combates. Os media querem fazer passar é a ideia de que os árabes estão a massacrar os coitados dos africanos, mas os Janjawids apesar de reivindicar as suas origens árabes, não têm nada dos povos árabes que conhecemos hoje em dia.


Depois da descoberta de petróleo, Chevron teve de abandonar o Sudão por causa da instabilidade criada pela guerra segunda civil, mas sobretudo porque o novo regime islâmico de Omar al-Bachir era extremamente hostil aos americanos.




Sudão: o palco da guerra americana contra a China.



Actualmente os Estados Unidos querem retomar posse das riquezas do Sudão, mas têm um adversário de peso: a China. Este país necessita de grandes quantidades de petróleo e das matérias primas africanas para a sua crescente economia.


A China tornou-se um problema para os países ocidentais que não aceitam perder o domínio sobre as riquezas africanas. Não podendo afrontar directamente a China, os Estados Unidos exerçam pressões ou colocam no poder, governos fantoches nos países que pretendem dominar. Subtilmente, exploram as crises humanitárias para atingiram os seus fins.


Como é que ocidente tenta impedir a China de fazer trocas comerciais com o Sudão? Fá-lo desestabilizando o regime com a sua famosa regra de "dividir para reinar". Assim, os Estados Unidos financiam e armam a Armada Popular de Libertação do Sudão, um movimento rebelde do sul. Outro método é a amplificação do problema sudanês através da opinião pública internacional.


Israel também aparece neste conflito. Como? Dado que o Nilo passar pelo Sudão antes de passar pelo Egipto, Israel sabe que ao controlar o Sudão controla o seu inimigo Egipto.


Omar al-Bachir está acusado de genocídio pelo Tribunal Penal Internacional, mas mais uma vez se prova que sete tribunal não é imparcial. É verdade que existe um conflito no Darfur e que muita gente morre, mas o julgamento de Bachir deve pertence aos africanos e não ao ocidente. Esta acusação, de um genocídio que não existe, tem por finalidade pressionar o Sudão para que este deixe de comercializar com a China e se volte para o ocidente e ao mesmo tempo é um advertência para os outros países da região que estariam tentado a fazer o mesmo.


Esta acusação de genocídio por parte das Organizações Não Governamentais (ONG) apoiadas pelos Estados Unidos, conseguiu finalmente o seu objectivo: introduzir tropas da ONU/NATO perto dos locais petrolíferos sudaneses.




http://www.mondialisation.ca/index.php?context=va&aid=12974



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