Conspiração
Oposição no Egito financiada pelos USA
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Muitos dos movimentos de contestação no Egito, são financiados por fundações americanas e as manifestações convocadas pelo Twitter e Facebook. A própria Irmandade Muçulmana sempre foi apoiada e instrumentalizada pelos americanos.
A questão é saber o que vai ficar deste movimento de contestação egípcio quando tudo voltar à normalidade. Um dos problemas do Egito é a fraca organização de uma verdadeira oposição ao regime.
Movimentos de oposição "americanos".
O movimento Kifaya foi um dos primeiros a organizar movimentos de contestação a Mubarak em 2004. Só que este movimento é financiado pelo International Center for Non-Violent Conflict, uma organização americana, tendo entre outras coisas apoiado as posições americanas em relação à Palestina.
A fundação americana Freedom House organizou a formação de estagiários egípcios em segurança numérica na internet, produção numérica de vídeos e concepção de mensagens no Facebook. Objectivo: promover através das redes sociais manifestações e contestações ao regime instalado de Mubarak.
Outro movimento de oposição é o chamado "Movimento da Juventude do 6 de Abril", composto por cerca de 70000 membros das classes com níveis de educação mais elevadas. Também utiliza as redes sociais para organizar manifestações. É secretamente totalmente financiado pelos Estados Unidos. Este apoio foi noticiado pelo Daily Telegraph, citando documentos secretos da embaixada americana.
A "Irmandade Muçulmana" constitui um dos mais conhecidos movimentos de oposição a Mubarak.
Proibidos os partidos políticos religiosos, estes formam contudo a maioria parlamentar como "independentes". Muitos ocidentais consideram-nos uma ameaça para os interesses americanos na região, dadas as suas pretensas reivindicações radicais islâmicas.
Nada menos verdade. Na realidade, a Irmandade Muçulmana sempre foi apoiada, financiada e instrumentalizada pelo Reino Unido e os Estados Unidos, através dos seus serviços secretos. Já nos anos 50, a CIA apoiava a Irmandade Muçulmana na tentativa de demover do poder o presidente egípcio Nasser. Em conclusão, a oposição ao regime de Mubarak não está verdadeiramente organizada, encontra-se demasiado fragmentada e amplamente controlada pelos Estados Unidos.
Uma "revolução" americana.Pelo exposto, podemos verificar:
- que a destituição de Hosni Mubarak já estava planeada deste há muitos anos pelos Estados Unidos,
- a mudança de regime servirá a continuidade, dando a ilusão de uma mudança política real,
- o programa delineado pelos Estados Unidos para o Egito consiste em desviar o movimento de contestação popular genuína e substituir Mubarak por um novo fantoche obediente,
- o objectivo americano é manter os interesses das multinacionais estrangeiras no país,
- a mudança de regime egípcio já não necessita de um regime militar autoritário, pode muito bem ser construído com partidos da oposição infiltrados por movimentos da sociedade civil manipulados pelos americanos.
Dadas as intenções dos Estados Unidos utilizarem este movimento de contestação popular para substituir um ditador por um outro fantoche, este movimento deveria centrar as suas atenções na manipulação em curso, desmantelar certas reformar neoliberais, fechar as bases americana no território, e não se focalizar nos actores do regime, mas centrar-se em mudar o regime em profundidade e instalar um verdadeiro governo soberano.
http://www.historycommons.org/context.jsp?item=western_support_for_islamic_militancy_202700&scale=0
http://www.freedomhouse.org/template.cfm?page=66&program=84
http://www.freedomhouse.org/template.cfm?page=115&program=84&item=87
http://www.voanews.com/english/news/middle-east/Tunisia-style-Rallies-Planned-in-Egypt-114540164.html
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=22994
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