http://www.wfp.org/
Criticas à ajuda alimentar.
O presidente do Senegal, Wade, acusa a FAO de gastar 20% do dinheiro dos seus projecto em despesas de estudos dos mesmos.
A grande maioria dos projectos são financiados pelo Banco Mundial dominado pelos Estados Unidos.
http://www.france24.com/fr/20080603-fao-faim-crise-alimentaire-rome-jacques-diouf-banque-mondiale-fmi-abdoulaye-wade
Muitas são as vozes, que cada vez mais se fazem ouvir, criticando o facto de que grande parte do orçamento gasto pela FAO (mais de 50%) destina-se ao seu próprio funcionamento. Burocráticamente pesadíssimo a FAO enriquece assim os seus "colarinhos brancos".
http://www.congoforum.be/fr/analysedetail.asp?id=160310&analyse=selected
Quem é que realmente beneficia com a ajuda alimentar?
Cada vez mais, os programas de ajuda alimentar são feitos tendo em conta os interesses dos fornecedores e não dos beneficiados.
Os alimentos são comprados aos agricultores americanos, permitindo-lhes o escoamentos dos seus produtos, trata-se também de uma subvenção disfarçada da sua agricultura.
A ajuda alimentar aos país pobres, permite também criar novos mercados nesses países, por exemplo através do fornecimento de sementes. A agricultura local é assim substituida por monoculturas com baixos custos de produção que depois é exportada para os países desenvolvidos. A agricultura tradicional que permitia o fornecimento alimentar adequado a muitas populações encontra-se assim em risco. Trata-se pois, de uma nova forma de colonialismo.
Sob o pretexto da ajuda alimentar, esta, ajuda sobretudo os Estados Unidos a escoarem os seus produtos. Os países vizinhos dos que recebem a ajuda internacional, muitas vez possuem alguns excedentes agricolas, estes poderiam ser adquiridos pelas organizações internacionais num contexto loco-regional, contribuido assim para o desenvolvimento da região.
Pelo contrário esta política leva a um desequilíbrio do mercado agricola regional, fazendo com que esses produtos vejam os seus preços baixarem devido ao fornecimento gratuito dos mesmo localmente.
Como já vimos, as monoculturas introduzidas nos países subdesenvolvidos, comprometem a agricultura tradicional de subsistência. Chegando-se ao paradoxo de esses agricultores terem de, após venderem os produtos que são "obrigados" a produzir para obterem capitais, terem de comprar os alimentos de que necessitam; fechados numa armadilha, sem alimentos e sem dinheiro.
Trangénicos, um exemplo típico.
Inicialmente, nos anos 90, o milho transgénico foi criado para ser utilizado na alimentação do gado. Só mais tarde foi proposto para consumo humano.
O problema é que os Estados Unidos, o principal produtor mundial de transgénicos, não sabe o que fazer para escoar o excesso da sua produção, devido sobretudo às restricções (por enquanto) impostas pela União Europeia. Assim o escoamento para os países subdesenvolvidos apresenta-se como uma grande oportunidade.
A ajuda alimentar dos Estados Unidos beneficia as suas grandes empresas agro-alimentares.
No inicio deste ano, a Fondação Bill e Melinda Gates doou 5,4 milhões de Dólares à Donald Danforth Plant Science Center dos USA, para "ajudar na luta contra a fome". Atitude filantrópica? Não, este dinheiro destina-se à introdução e desenvolvimento de culturas genéticamente modificadas em África...
http://www.legrandsoir.info/A-qui-profite-l-aide-alimentaire-par-Matt-Mellen.html#nb15
http://www.infogm.org/spip.php?article3829&decoupe_recherche=coton