Argélia: o próximo alvo a abater
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Argélia: o próximo alvo a abater


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Uma verdadeira alteração do xadrez geopolítico está a acontecer no norte de África.


Após as "primaveras árabes" do Egipto, da Líbia e da Tunísia, o que está em causa são os dois últimos países ainda não tocados: Marrocos e Argélia.


Marrocos, a mais velha monarquia do mundo, encontra-se relativamente estável devido ao seu desenvolvimento e a mão de ferro do seu monarca. A situação da Argélia é bem diferente: um ditador doente, um país nas mãos das forças armadas desde há 50 anos e sobretudo um país cobiçado pelos seus recursos naturais.





A recente guerra do Mali serviu, para sob protesto de reveindicações de tribos tuaregues, justifica a intervenção dos países ocidentais na zona. O verdadeiro objectivo, especialmente da França, antigo país colonial, são os seus recursos naturais, especialmente o urânio, e colocar a Argélia perante um dilema: ou apoia o regime vigente e torna-se a má da fita, ou apoia "os rebeldes" (armados pelo ocidente) e põe em risco as suas fronteiras.


É verdade que o regime argelino está doente (como o seu presidente) e decadente há vários anos, apenas sustentado pela repressão. Mas o que interessa as multinacionais ocidentais não é o regime, é a sua enorme potência em termos de recursos naturais, especialmente o gás que abastece grande parte da Europa.


A desestabilização interna, promovida por "organizações não governamentais" vai ditar o fim do regime. Esta queda será "suave". Nada de intervenções, tipo Líbia, não será necessário, o próprio povo argelino já está cansado. Será uma transição suave como o apoio dos militares, tipo "25 de Abril" em Portugal.


Como é habito, será uma fase de euforia seguida de uma fase de conquista do poder dominada pelas multinacionais ocidentais já pré-instaladas no poder. 


O próximo grande objectivo Ocidental é a Argélia, depois virá um osso mais duro de roer: Marrocos.


Marrocos, a mais velha monarquia do mundo, desde 778, com um poder forte e também implacável, onde tudo é controlado pelo a corte do Rei, todas as grandes decisões são tomadas a esse nível, ao mais alto nível. Não será fácil.


Marrocos tem um grande interesse estratégico para as grandes potências ocidentais, pelas suas riquezas, nomeadamente aquelas existentes na zona contestada do Sahara Ocidental que desde sempre foi parte do "Grande Reino de Marrocos" do qual fazia parte da Mauritânia e Argélia.

Depois da "queda" breve da Argélia, virá a queda de Marrocos.




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