Ataque de Israel e o novo Médio Oriente.
Conspiração

Ataque de Israel e o novo Médio Oriente.


O ataque de Israel a uma frota humanitária chocou o mundo. Por incrível que possa parecer, Israel até tem razão perante o direito internacional, quanto à razão moral, há muito tempo que a perdeu.




O ponto de vista israelita:









Do ponto de vista do direito internacional, Israel pode evocar a sua acção militar como uma legítima defesa. Este direito natural dos Estados é uma das duas excepções da proibição de recorrer à força, em conformidade com a carta das Nações Unidas. O outro é a utilização da força quando autorizada pela ONU.





O bloqueio marítimo a Gaza foi decretado por Israel por o Hamas bombardear alvos civis israelitas. Perante o direito internacional, Israel, sentindo-se ameaçado tem toda a legalidade de decretar um bloqueio, neste caso marítimo, tendo que o anunciar que a devida antecedência, que foi o caso.


Quando existe um bloqueio marítimo, nenhum navio pode entrar na zona de bloqueio, civis ou militares, inclusive nas águas internacionais. O direito internacional reconhece que um navio que viole o bloqueio pode ser capturado ou atacado.


Este aspecto é referido por Sarah Weiss Mausi, perita em direito internacional no ministério dos Negócios Estrangeiros de Israel. Refere ainda que Israel saiu da Faixa de Gaza em 2005 e que apesar de tudo esta zona continua a efectuar bombardeamentos sobre a sociedade civil do seu país.


O bloqueio é assim considerado uma medida de legítima defesa. Israel diz estar a cumprir com a obrigação humanitária do fornecimento alimentar a Gaza, mas este não tem qualquer obrigação quanto ao fornecimento de produtos tidos como não vitais. A quantidade de cimento que Israel deixa entrar em Gaza é limitada porque este poderia ser usado para fins militares.


Perante a intenção expressa pelos manifestantes de violar o bloqueio naval, Israel comunicou aos países envolvidos através das suas embaixadas, nomeadamente à Turquia, que não autorizava a vinda dos navios na dita zona.

Tentando exercer os seus direitos, Israel tentou controlar os navios através de meios pacíficos, mas perante a resistência e a violência dos manifestantes tiveram que agir em legítima defesa.

Isto é a versão oficial das autoridades israelitas, claro que a versão dos manifestantes é totalmente oposta.




O ponto de vista palestiniano:



Em 1947, as Nações Unidas adoptam a resolução 181 que prevê a divisão da Palestina num Estado árabe e num Estado judeu. Estava criado o Estado de Israel, baseado na lenda absurda que esse seria o local da terra prometida por um Deus que tinha um povo preferido. Esta solução foi aceite por uma Europa culpabilizada pela tragédia da Shoah e potenciada pelo lobby judaico americano (actualmente mais de 90% dos meios de comunicação social estão nas mãos de judeus) .


O problema é que o local onde foi criado o Estado de Israel era ocupado por árabes, e jamais esta região conheceu a paz. Vale mais uma imagem do que mil palavras, então aqui fica uma visão do desaparecimento da Palestina com a ocupação judaica:







Os palestinianos queixam-se do tratamento desumano israelita e da expropriação forçada das suas terras com a construção desenfreada de colonatos. A Faixa de Gaza tornou-se num verdadeiro campo de concentração, estando Israel fazer o mesmo aos palestinianos o que lhes fizeram durante a segunda guerra mundial na Europa.


As carências alimentares na Faixa de Gaza são evidente e estes queixam-se da violação da regra que prevê que em caso de bloqueio os bens de primeira necessidade devem ser fornecidos.



O novo Médio Oriente.

Na realidade a população civil palestiniana encontra-se no meio de um vasto xadrez político e geoestratégico. Os grupos extremistas palestinianos servem-se da sua população como escudo humano. A própria existência do Estado de Israel é intolerável na região. A bandeira turca nos barcos que tentaram quebrar o bloqueio não é inocente, a Turquia deixou de ser estratégica para os Estados Unidos e de antigo "amigo" muçulmano de Israel, passou a querer ter uma posição estratégica no mundo árabe. A recente aproximação ao Irão é disso exemplo, e um novo império otomano um sonho.





http://www.un.org/News/Press/docs//2009/sc9567.doc.htm

http://www.mediapart.fr/club/blog/materneau-chrispin/060109/israel-gaza-et-le-droit-international-quelques-remarques

http://lessakele.over-blog.fr/article-blocus-maritime-au-large-de-gaza-approvisionnement-humanitaire-et-legalite-que-dit-le-droit-international-51232360.html

http://www.desinfos.com/spip.php?page=article&id_article=18815



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