Charlie Hebdo: síntese
Conspiração

Charlie Hebdo: síntese


Muito bem: vamos fechar o discurso Charlie Hebdo? Eis mais alguns dados, algo que qualquer pessoa de boa vontade pode controlar na internet. Pontos negros não faltam. Aliás, são buracos mais do que simples pontos.

Na internet é choque: dum lado quem apoia a versão oficial, do outro quem tenta encontrar uma explicação alternativa. Que nem é assim complicada.

Até o ex-Ministro do Tesouro dos Estados Unidos, Paul Craig Roberts (que conspiracionista não pode ser definido) não tem problemas em afirmar que Charlie Hebdo foi um internal job, um trabalho interno:
O ataque contra Charlie Hebdo foi um trabalho interno.
Bastante claro.
Mesmas consideração expressas por Thierry Meyssah e Kevin Barrett.

Doutro lado demasiadas coisas não batem certo: quanto mais uma pessoa cavar, tanto mais incongruências encontra. Vamos fazer um resumo final, englobando velhas dúvidas (já publicadas no primeiro artigo) com os dados obtidos agora que a fase quente acabou.

Charlie Hebdo: a síntese 

A segurança revogada

Até algumas semanas atrás, a redacção de Charlie Hebdo era vigiada por uma carrinha da polícia 24 horas por dia; depois, a medida foi revogada e à protecção do local ficou apenas um policial.

Apesar de pouco antes do Natal as autoridades terem ficado em alerta para possíveis ataques, a protecção de um dos mais óbvios e previsível objectivos em França não foi aumentada mas até reduzida, com uma leveza inexplicável.

Foi o maior presente para os "terroristas jihadistas". Quais são as razões?

Os irmãos

Os irmãos Kouachi eram conhecidos há tempo pelos serviços de segurança franceses, americanos e italianos. Como é possível que o regresso a França passou despercebido? Alguém estava monitorizando os movimentos deles? Vigiando? Se não, porquê? Se sim, por que não foram parados em tempo?

O terceiro cúmplice

O que aconteceu com o terceiro cúmplice? Porque a polícia apontou, desde as primeiras horas, um jovem que na realidade era completamente inocente (no momento do ataque estava na escola)? Houve ou não um outro cúmplice? Quem foi? Porque as autoridade falaram desde logo duma terceira pessoa para depois deixar cair o assunto?

Jihdistas escondidos

Os terroristas vestem passa-montanhas para esconder os rostos. Alguém se lembra dum atentado no qual os jihdaistas escondem a cara? Atenção a não confundir os vídeos das execuções dos cidadãos ocidentais: são dois contextos diferentes. Se um jihdaista está empenhado num ataque que sabe pode ser suicida, não tapa a cara, aliás, por vezes faz questão de mostra-la bem. Porque neste caso decidem esconder-se?

Os arquivos

Os terroristas atacam gritando Allah Akbar! e dizem querer "vingar Maomé". Uma testemunha, o cartunista Coco, diz que os atacantes referem ser membros da Al-Qaeda. Mas verdadeiros membros ou simpatizantes da Irmandade Muçulmana, de Al-Qaeda ou da Isis não teriam apenas matado os cartoonistas ateus, teriam primeiro destruído os arquivos do jornal, seguindo o modelo da totalidade das acções no Magrebe ou no Oriente Médio.

Para um jihadista a primeira tarefa é destruir os objectos que, na sua opinião, ofendem Deus (blasfémia), e só depois é punir os "inimigos de Deus".

20 minutos

Depois da carnificina, que durou poucos minutos, os dois "terroristas" ficaram por cerca de 20 minutos ao redor do prédio, num silêncio surreal, gritando "Allah é grande" e disparando no ar.

20 minutos numa rua em pleno centro da capital francesa, num dia de trabalho, sem que aparecesse um polícia, ninguém. Como foi possível isso?

O polícia morto

Para matar o tempo (20 minutos não são poucos), os dois "terroristas" decidem acabar um polícia já ferido. O polícia é ferido, mas não perde sangue. Então um dos irmãos aproxima-se com a metralhadora de assalto Kalashnikov e dispara na cabeça do coitado.

Um tiro calibre 7,62x39, disparado a poucos centímetros de distância, o que deveria ter feito explodir a cabeça (procurem no Youtube os efeitos dum tiro de kalashnikov). Mas nada, nem uma gota de sangue tinge o chão claro. Como é possível? É possível se o polícia não for atingido pelo tiro: é isso que pode ser observado em slow motion no vídeo (o tiro falha o alvo). Repito, não acreditem nestas palavras, observem o vídeo (é em inglês mas não é preciso o áudio).

Porque foi preciso publicar um vídeo falso? E quando foi preparado? Por quem?

O carro e a polícia

O que aconteceu quando, imediatamente após o massacre, o carro dos terroristas foi bloqueado por um carro da polícia na rua de Charlie Hebdo? Porque não há relatos acerca do acontecido?

Fala-se vagamente dum "tiroteio": houve feridos? Mortos? Alguém foi atingido? Como é que os "terroristas" conseguiram passar (a estrada não é tão larga, um carro da polícia sozinho teria conseguido ocupar todo o espaço transitável)?

O bilhete de identidade

Como é que a polícia conhece a identidade dos dois terroristas? Simples: encontram o bilhete de identidade no banco do carro utilizado durante o ataque. São Chérif e Said Kouachi, de 34 e 32 anos.

Temos de acreditar que após ter assassinado 12 pessoas, disparado contra um par de carros da polícia e atropelado um ciclista, um dos terroristas encontra todo o tempo para extrair a carteira e deixar cair o bilhete de identidade que, como qualquer bom cidadão, nunca deixa em casa, nem quando está empenhado em ataques.

Este sinistro pormenor assusta, pois faz lembrar os indestrutíveis passaportes que em ocasião do 9/11 resistiram a queda de aviões, explosões e incêndios. A explicação que é possível encontrar nos media é aquela segundo a qual os dois deixaram o bilhete de propósito, para ser encontrados e poder assim sacrificar-se em nome de Allah. Mas então porque os passa-montanhas? Porque a fuga?

A fuga

Após ter massacrado a redacção dum jornal, a coisa melhor para qualquer terrorista sem intenções suicidas seria desaparecer sem deixar rastos. E os irmãos não tencionavam nem ser mortos nem ser reconhecidos, por isso utilizavam os passa-montanhas.

Então que fazem? Em primeiro lugar abandonam o carro utilizado no ataque (com bilhete de identidade como bónus), depois roubam um Renault Clio ocultando a matricula. Que é a melhor forma para dar nas vistas.

Mas não é tudo: logo a seguir assaltam uma bomba de gasolina em Villers-Cotteret, roubando combustível, comida e deixando que o gestor possa ver no carro alguns kalashnikov e outras armas. Até continuam a vestir a mesma roupa, passa-montanhas incluídos, tanto para não deixar dúvidas e não ser confundidos com criminais comuns. E uma vez abastecido, o que fazem? Trocam novamente o carro, deixando aquele abastecido perto da bomba de gasolina assaltada.

Mesmo assim, segundo a versão oficial, os dois irmãos conseguiram fugir num carro sem matrícula ao longo de dois dias. Isso é: polícia, forças especiais, satélites e serviços secretos não foram capazes de individuar um Renault Clio cinzento que circulava sem matrícula, com duas pessoas conhecidas e armas à vista no interior numa zona de 80 quilómetros no Norte-Leste da capital, perto do aeroporto internacional Charles De Gaulle.

Os irmãos mortos

Enquanto o assalto à loja de Kocher foi desafiante e arriscado por causa da presença de reféns e, portanto, tornou-se quase inevitável matar Amedy Coulibaly, o blitz contra os irmãos Kouachi teve lugar em condições muito diferentes, quase ideal para apanha-los vivos. Agora sabemos com certeza: estavam escondidos numa tipografia sem reféns.

Havia apenas um funcionário que quando eles entraram teve a boa ideia de esconder-se numa caixa de papelão e aí ficar. Os irmãos Kouachi nunca notaram a sua presença, o que foi providencial para as forças de segurança: via sms, o funcionário enviou para a polícia informações importantes sobre os movimentos dos dois terroristas.

Portanto: condições ideais para capturá-los vivos. Mas foram mortos. Estranha atitude por parte dum corpo de intervenção especializado em situações altamente críticas. Como é facilmente compreensível, a captura é altamente preferível à eliminação, tanto mais na ausência de reféns: vivos, os dois teriam sido interrogados, com a possibilidade de descobrir a rede de contactos, os eventuais mandantes, mergulhar na história do recrutamento jhadista, os campos de treino no Yemen, na Síria... Era realmente necessário?

Em qualquer caso: ninguém teve a possibilidade de ver os cadáveres.

Hayat

Hayat Boumeddiene é indicada como o quarto elemento da célula jihdaista (não contando com o misterioso terceiro cúmplice dos irmãos no tiroteio de Charlie Hebdo). Segundo as autoridades, Hayat era a companheira de Amedy Coulibaly, o "terrorista" que fez reféns no supermercado.

Pascal Disant, porta-voz do sindicato da polícia francesa, admite que Hayat poderá ter aproveitado o momento da saída dos reféns da mercearia judaica para despistar as autoridades. E agora estaria na Síria.

E nem era uma desconhecida: em 2010, depois da detenção do companheiro, participou na elaboração de uma plano de fuga da prisão de um dos responsáveis por uma vaga de atentados em Paris em 1995, e foi interrogada pela SDAT (unidade anti-terrorista).

Assim: a mulher mais procurada do País saiu do local onde tinha ajudado o companheiro na acção, confundiu-se entre os reféns e apanhou um voo para a Síria. Tão simples, quase demencial. Numa palavra: inacreditável.

O suicida

Porque o vice-director da polícia regional de Limoges, directamente envolvido na investigação sobre no caso Charlie Hebdo, suicidou-se? Porque esta notícia foi ignorada, ao ponto que não é possível encontrar nenhuma explicação?


Acaba aqui a história de Charlie Hebdo, nada mais para acrescentar. O que se passou foi bastante claro: inútil falar mais uma vez de quem organizou este "ataque" ou das motivações.

Quem tiver dúvidas que procure, material não falta. Mas sem crise, sem polémicas, pois quem bebeu a versão oficial do 11 de Setembro não terá dificuldades a engolir esta também.


Ipse dixit.



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