Da independência dos bancos centrais
Conspiração

Da independência dos bancos centrais


Hoje um artigo um pouco particular, pois é sem fontes.

Ou seja: há uma fonte, mas é pouco dado o assunto. Por isso prometo tentar encontrar mais material, pois o argumento é deveras importante. Em qualquer caso, é uma boa ocasião para lembrar alguns pormenores.

O Professor Attilio Folliero é um italiano que vive e trabalha na Venezuela. É autor de vários blogues e, desde já, é importante realçar como estes não caiam no fácil conspiracionismo: pelo contrário, representam uma óptima fonte de informação (eis explicada a razão do espaço para um artigo "sem fontes" como este).

Mas vamos ao assunto.
Segundo Folliero "apenas 9 países têm o banco central que não pertence aos Rothschilds. São eles: China, Rússia, Irão, Venezuela, Hungria, Síria, Cuba, Islândia e Coreia do Norte".

Muito bem, um passo atrás.
Um banco central é uma entidade independente ou ligada ao Estado cuja função é gerir a política económica dum País, ou seja, garantir a estabilidade e o poder de compra da moeda. Além disso tem como objectivo definir as políticas monetárias (as taxas de juros, o câmbio, etc.) e aquelas que regulamentam o sistema financeiro local.

Pelo que é simples entender qual a importância dum banco central. Apesar de ser definido com o mesmo termo dos bancos comerciais, as prioridades do banco central são bem diferentes. Um banco central não tem agências espalhadas pelo País, não empresta dinheiro, não concede mútuos. O papel dele é analisar, regulamentar e vigiar as políticas económicas e monetárias. Podemos pensar no banco central como um banco de categoria "superior" (definição estúpida, mas gosto dela).

Um banco central tem que ser independente por definição. É fundamental que assim seja, caso contrário as políticas seriam influenciadas pelos interesses do governo no poder ou de empresas privadas e lobbies (e os bancos comerciais são empresas privadas).

Por esta razão, um banco central tem que ser público (embora, repetimos, sem ser controlado pelo governo).

Isso, claro, em teoria. Porque depois há a realidade.
Já vimos como o Banco d'Italia reconheça oficialmente o facto de ser privado. E não é o único nesta condição, longe disso.
Lembramos também a lei do Reino Unido que proíbe a divulgação dos nomes dos "donos" do Banco da Inglaterra: qual o sentido duma tal lei se o banco for efectivamente público?

Encontrar os nomes dos "donos" dos vários bancos centrais não é tarefa simples. E mesmo que isso seja possível, é preciso ir além das aparências: podemos ter uma instituição pública mas gerida por um grupo de pessoas ligadas a bancos privados (um caso bastante difundido).  

Continuemos:
Três destes países, na ordem Rússia, Irão e Venezuela também estão entre as três maiores reservas energéticas do mundo, considerando as reservas de petróleo, gás e carvão.

Directa ou indirectamente, todos os outros bancos centrais são de propriedade ou controlados pelos Rothschild. Há ainda quatro bancos centrais que são negociados em Bolsa: os bancos centrais da Bélgica, da Grécia, do Japão e da Suíça. O Banco Central da Grécia, além de ser listado na Bolsa de Atenas, também está presente na Bolsa de Valores da Alemanha.
E aqui aparece o tal nome: Rothschild.
Vozes não faltam na internet acerca da promiscuidade entre esta simpática família e os vários bancos centrais. Mas encontrar provas concretas não é simples. Mas não é isso agora o que interessa:
A partir dessas breves considerações, acho que é compreensível porque todos os países que têm um banco central independente são constantemente atacados pelos meios de comunicação ao redor do mundo; tudo ao serviço das grandes potências imperiais do Ocidente.
Todos estes países são colocados no eixo do mal, todos os seus governos segundo os media ocidentais são "ditaduras" e em todo há tentativas de desestabilização.
Também podemos entender porque a Rússia, o Irão e a Venezuela são constantemente "alvos" dos media internacionais. Além de ter um banco central independente dos Rothschild, são também as três maiores reservas energéticas do mundo.
Eu não sei se atrás destas manobras há ou não há os Rothschild. O que sei é que, de facto, os Países com um banco central realmente independente do Ocidente pertencem ao assim chamado "eixo do Mal". Um mero acaso? Difícil acreditar nisso.

O Iraque tinha um banco central independente. A Líbia também. E a Síria ainda a tem.
A Islândia foi o único País de Europa capaz de ultrapassar a crise sem austeridade, até perseguindo penalmente os responsáveis.
Do resto já sabemos: segundo os media ocidentais, a Rússia é governada por um déspota (Putin), a Hungria por um louco nacionalista, a Venezuela atravessa o momento que conhecemos (e do qual teremos que falar), de Cuba e da Coreia do Norte nem vale a pena falar.

Sobra só a China, que tem o mérito de comprar toneladas de Títulos de Estado americanos (pelo menos, isso até ontem, dado que agora as coisas parecem mudar), mas que não deixa de ser definida "comunista" (quando de Comunismo na China nem a sombra já há). 
Quando um Banco Central determina a política económica e monetária do seu país, está a considerar os benefícios para o seu povo ou os benefícios dos seus accionistas? A resposta é óbvia: pensa nos benefícios para os seus accionistas. É compreensível que um país como a Bélgica possa permanecer por meses (exactamente 18) sem um governo, porque, em essência, o papel do governo é relativo. É compreensível que um país como a Grécia esteja completamente à mercê da Troika, ou seja, do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Central Europeu (BCE) e da Comissão Europeia (CE).
Pois.
Prometo tentar descobrir mais acerca dos vários Bancos Centrais.


Ipse dixit.

Relacionados:
Matryoshka
Pro-memória: Rothschild e bancos centrais
A simpática dinastia Rothschild - Parte I
A simpática dinastia Rothschild - Parte II

Fontes: Blog del Prof. Attilio Folliero



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