EUA-China: o ataque nuclear preventivo
Conspiração

EUA-China: o ataque nuclear preventivo


O professor Amitai Etzioni (olha, um outro hebraico...), na revista  da Universidade de Yale (Califórnia),
coloca uma pergunta importante:
Quem autorizou a preparação de uma guerra contra a China?
Segundo o docente, o Pentágono concluiu que chegou a altura de preparar a guerra contra a China, uma guerra que vai muito além de eventuais planos de contingência. É uma conclusão importante, que irá moldar os sistemas de defesa dos Estados Unidos, a força e estratégia global deles para lidar com o País asiático.

Até agora, a crise económica americana condicionou os preparativos com a falta de financiamentos suficientes: segundo Etzioni, estamos diante duma máquina militar neocon (o termo neo-con é a abreviação de "neoconservadorismo") que põe em perigo tanto os americanos quanto o resto do mundo.

Se a revista da Universidade de Yale sabe que Washington prepara uma guerra, a China também está ciente disso. Na verdade, não é preciso muito para entender que no horizonte há um confronto entre a última das super-potências e Pequim. Excluindo hipóteses por enquanto imprevisíveis, a dúvida não é "se" mas "quando". E fala-se aqui dum ataque nuclear preventivo.

Demais? Não: o mínimo, na óptica americana. Nenhum outro tipo de guerra faria sentido do ponto de vista de Washington. A "super-potência" não foi capaz de submeter o Iraque e após 11 anos de guerra no Afeganistão tem sido derrotada por alguns milhares de Talebans. Contra a China, os EUA deveriam enfrentar o maior exercito do mundo, com 2.3 milhões de activos permanentes. Perder uma guerra convencional contra a China seria o fim para Washington.

E não podemos esquecer que o Exército de Libertação Popular já enfrentou os Americanos, obrigado-os a um empate: eram os tempos da Guerra na Coreia e a China ainda era um País do Terceiro Mundo. Agora é a segunda maior economia do mundo e está rapidamente a superar uma economia destruída pela deslocalização do trabalho, a fraude e a traição dos banqueiros.

A guerra nuclear está na agenda de Washington. O advento do imperialismo neo-con rejeitou os acordos de desarmo nuclear assinados por Reagan e Gorbachev. Durante a Guerra Fria, as armas nucleares tinham um propósito defensivo: o objetivo era evitar uma guerra nuclear entre os EUA ea URSS, ambos com o poder de retaliar para garantir uma "destruição mutuamente assegurada". Isto significava que as armas nucleares não tinham uma real vantagem ofensiva: uma guerra teria significado o fim de ambos os contendentes.

O colapso dos soviéticos e a atenção dos chineses acerca da economia, levaram a uma vantagem das armas nucleares norte-americanas: o que fornece a Washington a possibilidade de atacar. O rápido declínio do arsenal russo e o lento ritmo da modernização das forças nucleares chinesas, criaram uma situação em que nem a Rússia nem a China poderiam retaliar com eficácia contra Washington.

Obviamente, nada disso aparece nos diários mainstream. Sabemos quem detém os cordões da imprensa norte-americana, os cidadãos não tem ideia de que uma Washington neo-com está a preparando uma guerra nuclear. Os norte-americanos não sabem  disso, assim como nem sabem das recentes declarações do ex-presidente Jimmy Carter, difundidas na Europa, nas quais afirma que os Estados Unidos já não são uma democracia funcionante.

A possibilidade de que os Estados Unidos comecem uma guerra nuclear tornou-se uma realidade 11 anos atrás, quando, em 2002, o presidente George W. Bush com o apoio de Dick Cheney e dos neo-con que dominaram o seu regime assinou o Nuclear Posture Review.

Este documento neoconservador, assinado pelo pior dos presidentes americanos, causou consternação e condenação no resto do mundo e lançou uma nova corrida aos armamentos. O presidente russo Putin anunciou imediatamente novos investimentos para manter a capacidade de retaliação nuclear. Os chineses enviaram um satélite armado órbita. O prefeito de Hiroshima, a cidade que sofreu o primeiro ataque nuclear da História, declarou:
O Tratado de Não Proliferação, o principal acordo internacional para a eliminação de armas nucleares, está à beira do colapso. A principal causa é a política nuclear dos EUA, que, declarando abertamente a possibilidade de um ataque preventivo e exigindo a restauração da pesquisa sobre as bombas atómicas portáteis e outras chamadas de "armas nucleares funcionais", parece adorar estas armas como se fossem um Deus.
Sondagens realizadas em todo o mundo mostram que israel e os EUA são vistos como as duas maiores ameaças à paz e à vida na Terra. No entanto, estes dois governos avançam com a postura das "maiores democracias do mundo". Nenhum deles aceita a obrigação de responder ao direito internacional, aos direitos humanos, à Convenções de Genebra ou ao seu próprio direito interno.

Nenhum outro País tem demonstrado as mesmas ambições imperialistas. O governo chinês não atacou Taiwan, o que poderia ter feito muitas vezes. O governo de Moscovo não atacou os antigos territórios da Rússia: Putin poderia ré-incorporar a Geórgia, que pertenceu durante séculos à Rússia.

Nos últimos 68 anos, a maioria das agressões militares podem ser atribuídas aos EUA e Israel. No entanto, são estes mesmos dois governos que rogam a Democracia, falam de Paz e consideram-se vítimas de ataques. israel tem armas nucleares, não admitidas. Washington prepara um plano de guerra baseado em um ataque nuclear preventivo.

O resto do mundo observa as duas principais ameaças ao planeta.

Nota: mais uma vez, tanto para não esquecer, vale a pena realçar a diferença entre o governo dos Estados Unidos e o povo estadounidense, tal como o governo de israel e o povo israelita. Não são a mesma coisa.


Ipse dixit.

Fontes: Yale Journal of International Affairs, LewRockwell, Wikipedia (versão inglesa)



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