O nosso voto não é livre...
Conspiração

O nosso voto não é livre...


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Muitos cidadãos votam com convicção, de que depois de ter lido jornais, ouvido opiniões televisivas e o degrimir de opiniões, exercem o seu voto livremente; uma espécie de sacralização do seu voto nas urnas.





A influência dos media.

Quando votamos, não nos apercebemos que esse voto foi influenciado pelos media que promovem a dessacralização desse mesmo voto, promovendo a sua volatilidade. 


O mito da sacralização do voto individual e consciente foi substituído pelo voto do "consumidor", indeciso e mudando de opinião ao sabor do bombardeamento dos media e das sondagens.


No momento de votar, inconscientemente vários factores são tidos em conta, factores estes habilmente difundidos pelos media dominantes, nas mãos de meio dúzia de multinacionais, que trabalham para um mesmo fim: fazer com que seja eleito o candidato que melhor irá satisfazer os seus objectivos, ou seja um candidato neutro ao a favor do poder económico que defendem.



Candidatos incómodos.

Os candidatos "incómodos" são sistematicamente afastados da ribalta mediática, bombardeados com pequenas intrigas (na sua grande maioria intrigas de caractere) fazendo do eleito escolhido a pessoa perfeita para assegurar a disciplina ou a família, sem esquecer uma pintada de liberalismo controlado em relação aos grandes temas sociais: homossexualidade, multiculturalismo e multiconfissões religiosas.


As sondagens vão estabelecedo subrepticiamente a agenda do que conta "verdadeiramente" para uma determinada eleição e fabricam o que deverá ser decisivo. Depois limam e eliminam o que não deve ser objecto de decisões incomodas.









O candidato escolhido.

O candidato "escolhido" deve sempre evitar questões fracturantes.
Os media dominantes têm o cuidado de escolher os temas que deverão ser abordados, ignorando os que não lhes interessa. A argumentação deve deixar lugar à emoção. O votante deve-se comover com o candidato para que o seu voto se torne num voto emotivo. Podem ser pequenas coisas, como gestos do dia a dia em que o votante acaba por se identificar com o candidato.


O discurso emocional de um determinado candidato promovido pelos media pouco a pouco sobrepõe-se à razão, sobretudo pelos grandes consumidores de televisão, o meio de eleição dos media.


A internet ainda não está suficientemente divulgada e poderosa neste tipo de decisão. Poderá um dia ter uma importância fundamental, mas por ora está limitada. Quando este meio de comunicação ultrapassar a televisão já estará, como já está, nas mãos dos media dominantes. Já existem fóruns que são dominados pela contra-informação planeada pelos decisores.









A importância das sondagens.

As sondagens por fim, têm um papel decisivo na escolha eleitoral. São elas que movimentam um fluxo importante de indecisos que vão decidir o resultado final. Ora, dão bem cedo como vencedor um determinado candidato sugerindo que é a melhor escolha, em que os indecisos vão aderir. Ou é  dado como vencedor um candidato (designado) estimulando a abstenção, dado que não vale a pena votar porque esse já ganhou. No final, o candidato "escolhido" terá sempre vantagem.


Mais um candidato é marginalizado pelas sondagens, mais se torna marginalizado pelos media. Esta bola de neve faz com que alguns candidatos praticamente deixem de existir perante as opções de voto. 


Quando os media deveriam promover uma escolha esclarecida no voto, dado a sua abrangência universal, tornaram-se construtores das nossas decisões democráticas. 







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