Porque os EUA apoiam israel?
Conspiração

Porque os EUA apoiam israel?


Por qual razão os Estados Unidos apoiam israel?

Como pode uma País que ama definir-se como "o berço da Liberdade e da Democracia" apoiar um regime criminoso que actua segundo a melhor doutrina nazi?

É uma pergunta lógica mas a resposta não é simples e precisaria de muito espaço.

Mas, por enquanto, eis uma breve síntese.

Um pouco de história

A proximidade dos Estados Unidos com a causa do povo judeu remonta aos anos imediatamente a seguir o fim da Guerra da Independência Americana. Vários patriotas que lutaram para o nascimento dos EUA olhavam com admiração para a cultura judaica. John Adams, que foi presidente dos Estados Unidos entre 1797 e 1801, escreveu numa carta a Thomas Jefferson que "os judeus têm contribuído mais do que qualquer outra nação pa5ra a civilização da humanidade."
No final de 1800, Theodor Herzl, um escritor, jornalista e advogado húngaro-judeu, criou o movimento sionista, cujo principal objectivo era a criação de um Estado judeu. Durante o primeiro Congresso Sionista, realizado em Basileia (Suíça) em 1897, o movimento escolheu a Palestina como pátria do povo judeu.

A Palestina não foi a única Nação a ser avaliada como possível novo berço de um Estado judeu.

A Grã-Bretanha, por exemplo, propôs o Uganda, que na época estava sob o controle de  Londres No final, no entanto, os líderes sionistas escolheram a Palestina definindo-a "uma terra sem povo para um povo sem terra", ignorando completamente a existência da pré-existente população árabe.

Muitos proeminentes políticos americanos apoiaram com força o movimento sionista para a criação dum Estado judeu. O presidente dos Estados Unidos, Abraham Lincoln, argumentou que o estabelecimento dos judeus na terra natal, através da criação de um Estado independente, era "um sonho compartilhado por muitos americanos".

Quando, em 1917, o Reino Unido manifestou a intenção de criar dentro dos territórios palestinianos um "lar nacional" que pudesse acomodar todos os judeus espalhados em vários Países, o presidente dos Estados Unidos Wilson expressou o seu total apoio.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos foram os promotores do chamado United Nations Partition Plan for Palestine ("Plano das Nações Unidas para a Partilha da Palestina"), que foi aprovada pela Assembleia Geral das Nações Unidas no dia 29 de Novembro de 1947.

Durante a Guerra Fria, israel foi apoiado tanto económica como politicamente pelos norte-americanos, uma vez que era considerado um aliado útil, actuando como um agente dos Estados Unidos no Oriente Médio. As derrotas infligidas por israel à Síria e ao Egipto, os dois aliados da Rússia, reforçou a proximidade entre os EUA e o Estado de israel.

Muito úteis também foram as informações fornecidas por israel sobre o potencial militar da União Soviética e o apoio prestado a alguns aliados americanos presentes no Oriente Médio, incluindo o rei Hussein da Jordânia.

O apoio americano foi contínuo durante todos os conflitos árabe-israelitas que se seguiram, entre
1948 e 1973. A proximidade dos Estados Unidos foi reforçada, em particular, quando explodiu em 1967 a Guerra dos Seis Dias, que terminou com a ocupação por parte de israel da Cisjordânia e da Faixa de Gaza.

Naquela época, os EUA perceberam que poderiam ter um papel de liderança no Oriente Médio e que a presença de um aliado como israel facilitava este processo.

Durante os anos 80, os Estados Unidos continuaram a apoiar israel, sempre económica como politicamente, protegendo os judeus da imposição das sanções internacionais por meio do exercício do direito de veto no Conselho de Segurança da ONU.

A aliança anti-soviética, que durante a Guerra Fria havia assegurado aos Estados Unidos um aliado no Oriente Médio, foi transformada nos anos após a queda do Muro de Berlim numa espécie de "Sagrada Liga" anti-muçulmana. Esta guerra contra o terrorismo muçulmano tornou-se total após o 11 de Setembro de 2001, que foi a causa da intervenção americana no Afeganistão.

Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, os três presidentes no cargo desde 1993, têm todos reafirmado a forte aliança entre israel e os Estados Unidos. Aliança que nunca foi seriamente questionada nem durante os Acordos de Oslo de 1993, nem como resultado da decisão de israel de lançar a Operação Chumbo Fundido, que entre Dezembro de 2008 e Janeiro de 2009 causou 1.203 mortes palestinianos.

Dinheiro, armas, diplomacia 

Como é possível observar, o apoio dos EUA à causa de israel é diluído ao longo do tempo. Neste
ponto, surge uma pergunta: em que consiste este apoio fornecido pelos norte-americanos?

Em primeiro lugar é um apoio de tipo financeiro. Desde o fim da Segunda Guerra Mundial até o presente, os EUA forneceram a israel aproximadamente 150 biliões de Dólares. Com biliões por ano em financiamento directo, israel é o maior beneficiário dos fundos alocados pelo governo americano.

israel também goza duma vantagem sobre os outros beneficiários: o dinheiro é creditado anualmente e não trimestralmente, permitindo-lhe obter benefícios adicionais relacionado com os interesses. A maioria dos beneficiários têm a obrigação de gastar todo o valor financiado para a compra de produtos ou serviços oferecidos pelos norte-americanos, o que justifica as despesas realizadas. No entanto, israel tem a capacidade de usar 25% do financiamento para desenvolver a sua própria indústria de armas e nem sequer é pedido um relatório final.

Do ponto de vista militar e diplomático, os Estados Unidos forneceram uma ajuda considerável Por exemplo, os EUA venderam a israel muitas das aeronaves utilizadas pela Força Aérea de israelitas, incluindo os F-15, F-16 e os helicópteros Apache.

Depois de israel ter desenvolvido armas nucleares, os Estados Unidos fizeram que as ogivas israelitas não fossem incluídas no programa de desarmamento da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA). Os EUA, finalmente, sempre protegeram os interesses de israel durante as reuniões do Conselho de Segurança, dos quais os Estados Unidos são membros permanentes com poder de veto.

Desde 1982, mais de 30 resoluções contrárias a israel foram bloqueadas pelo governo dos EUA.

A lobby

Mas ainda há uma pergunta sem resposta: por qual razão os Estados Unidos apoiam financeiramente, militarmente e diplomaticamente israel?

Oficialmente, o governo dos EUA argumenta que a aliança entre a América e israel depende da partilha de ideais comuns, com base na democracia e na igualdade. O actual presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, declarou publicamente que:
Estamos do lado de israel, porque sabemos que israel baseia-se em valores que nós, como americanos, partilhamos: uma cultura baseada na justiça, uma terra que acolhe pessoas carentes, um povo que deseja aperfeiçoar o mundo perfeito.
Esta, óbvio, é uma declaração de fachada que nada tem de real: a "cultura da justiça", a democracia e a igualdade chocam clamorosamente com a política de segregação adoptada por israel contra o povo palestiniano. Portanto, não é suficiente para justificar o apoio dos EUA para o Estado de israel.

Parte das razões que levam os Estados Unidos a apoiar israel devem ser encontradas na vantagem estratégica da existência de um forte aliado ocidental no Oriente Médio. israel, em outras palavras, é uma espécie de ponte dos EUA em território árabe, tanto que o governo dos EUA define israel como "o nosso porta-aviões no Oriente Médio".

Alguns estudiosos, no entanto, não concordam acerca do facto que a existência de israel facilite o controle da situação no Oriente Médio por parte dos Estados Unidos; pelo contrário, de acordo com essas interpretações os Estados Unidos está sob ameaça terrorista mesmo por causa do seu apoio em favor de israel.

É preciso realçar também que o apoio estratégico dos Estados Unidos à causa de israel parece ser
unilateral, uma vez que o Estado judeu não tem escrúpulos em vender armas (israel é um dos principais exportadores de drones no mundo) para Nações rivais dos Estados Unidos, como a China ou a Rússia. E os israelitas nem tiveram escrúpulos em assassinar soldados americanos quando foi julgado ser necessário.

Mas há mais. De acordo com muitos autores, incluindo Edward Tivnan que em 1988 publicou o livro The Lobby, a principal razão que leva a América a apoiar a causa de israel é a existência nos EUA dum lobby judaico que dirige a política externa dos EUA, de forma que esta fique em sintonia com os interesses israelitas.

Esta Lobby é composta por um número de organizações com enorme peso político, como a AIPAC (American israel Public Affairs Committee, "Comité para os Assuntos Públicos Americano-israelitas") ou a Conferência dos Presidentes das principais organizações judaicas americanas.

Todas estas organizações actuam em estreito contacto com o partido nacionalista judeu Likud, do qual faz parte o atual primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, e que tem as suas raízes no partido reformista sionista.

O sistema político norte-americano, onde as eleições são fortemente influenciadas por empréstimos oferecidos por particulares, proporciona uma enorme vantagem destas lobby: para dar um exemplo, em 1996, as diversas organizações judaicas contribuíram com mais de 50% dos recursos utilizados pelo presidente Bill Clinton durante a campanha para a sua reeleição.

O peso económico da lobby é utilizado para influenciar as nomeações para o Congresso e as lideranças executivas do sistema, de modo a implementar as políticas decididas por israel. Esta lobby também tem um peso enorme em áreas-chave como a edição, a televisão, o cinema, permitindo um controle sobre a maioria do público americano.

A história do relacionamento EUA-israel é muito mais do que isso, como afirmado.
Mas estes primeiros dados já podem fornecer uma ideia.


Ipse dixit.

Fonte: The International Business Times



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