Um medicamento contra o cancro que não interessa os laboratórios
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Um medicamento contra o cancro que não interessa os laboratórios


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Há cinco anos, descobriu-se que uma substância barata poderá ser uma arma terapêutica eficaz no combate contra o cancro. A investigação avança a passo de caracol, porque nenhum laboratório farmacêutico parece estar interessado no seu desenvolvimento por falta de rentabilidade.




Este artigo resume os estudos mais recentes efectuados com o DCA. Para o tornar mais acessível, a terminologia técnica foi simplificada.



Como funciona o DCA.


O ácido dicloroacético ou dicloroacetato ( DCA ) é um composto químico parecido com o ácido acético (principal constituinte do vinagre) no qual dois dos três átomos de hidrogénio foram substituídos por átomos de cloro. Este composto já era utilizado há anos para tratar certas doenças metabólicas.


As células cancerosas são "imortais". São células que perderam os seus mecanismo de restrição de crescimentos e por isso multiplicam-se sem controle. O mecanismo de autodestruição numa célula normal envolve a mitocôndria (organelos celulares produtores de energia). As células cancerosas suprimiram nas suas mitocôndrias a capacidade de autodestruição, o que as torna "imortais".  O DCA permite restaurar a função das mitocôndrias das células cancerosas para que estas voltam a ser mortais.



Os estudos:


Em janeiro de 2007, investigadores da Universidade de Alberta (Canadá) publicaram um estudo no qual testaram o DCA em células cancerosas in vitro (em cultura) e em tumores nos ratos. Verificaram uma regressão do número de células cancerosas in vitro e uma diminuição do tamanho dos tumores nos ratos.


Actualmente, e desde março de 2007 que uma clínica privada, o Medicor Cancer Centres, em Toronto (Canadá), utiliza o DCA no tratamento dos doentes cancerosos. Os resultados parecem bastante positivos.


Nota importante: os dados apresentados não constituem um clínico duplamente cego, são apenas resultados estatísticos verificados nos doentes tratados com DCA, e como tal devem ser interpretados com precaução. Tal como com a quimioterapia, a resposta individual varia de doente para doente.




Foram tratados, no Medicor Cancer Centres, desde abril 2009, 347 doentes com DCA, 48% homens e 52% mulheres, com idades entre os 2 e 90 anos. As principais localizações primárias do cancro era a seguinte: 20% no pulmão, 18% no cérebro, 13% no cólon, 9% na mama.


A dose administrada varia entre 20 e 25 mg/kg/dia nos adultos e 25 a 50 mg/kg/dia nas crianças. Os doentes foram avaliados um mês depois.


Dos 347 doentes, 168 não poderam ser avaliados, dado que 80 pararam o tratamento antes de perfazerem um mês por vários motivos, 74 morreram antes de perfazerem um mês de tratamento e 14 ainda não tinham um mês de tratamento.


Repartição dos doentes



A resposta ao tratamento ao fim de um mês, dos 179 doentes retidos, foi de 60% de resultados positivo.



Respostas dos doentes com o tratamento com o DCA



12% com redução do tamanho do tumor, 9% com redução do valor dos marcadores tumorais (CEA, CA-125, CA19-9, CA15-3 e AFP), 7% viram os valores sanguíneos melhorados como a subida da hemoglobina, 29% melhoraram os seus sintomas da doença como a dor ou aumento de peso e apetite, 34% tiveram uma estabilização na progressão do seu cancro.



Tipo de respostas positivas com o tratamento com DCA


As melhores respostas foram obtidas no cancro do cérebro, do pulmão, do cólon, da mama e dos ovários.


Os efeitos secundários foram poucos e relativamente ligeiros comparados com a toxicidade do tratamentos com quimioterapia, apesar de não serem conhecidos os efeitos secundários a longo prazo.


Estes dados confirmam o valor potencial do uso do DCA no plano de tratamento do cancro: é mais uma opção para os doentes, tem a vantagem de actuar em vários tipos de cancro, e os efeitos secundários são diminutos.


Não existem ainda estudos clínicos duplamente cegos porque necessitam de um grande volume de doentes e porque esses estudos são caros. Este tratamento, barato, não interessa a indústria farmacêutica porque o DCA não pode ser patenteado. Logo, a indústria farmacêutica não iria ganhar dinheiro como o faz com os outros caríssimos tratamentos contra o cancro.






http://www.dca.med.ualberta.ca/Home/Updates/2007-03-15_Update.cfm

http://www.dca.med.ualberta.ca/Home/Updates/2010-05-12_Update.cfm

http://www.medicorcancer.com/dca-data.html
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