O mito do sal na hipertensão.
Conspiração

O mito do sal na hipertensão.


Apesar de numerosos estudos, a relação entre o sal e a pressão arterial ainda permanece controversa e mal entendida. Nenhum estudo prova que o sal provoca hipertensão arterial numa pessoa saudável.


E no entanto, a ditadura da normalização quer impor-nos a sua redução através de leis.







"pãozinho sem sal"



O jornal "Público" de hoje anuncia na primeira página: "Excesso de sal no pão dá multas até 5 mil euros a partir de hoje". E refere que "Portugal é, a partir de hoje, o primeiro país do mundo ocidental a ter uma lei que impõe limites ao teor de sal no pão. Produzir e vender pão com mais de 1,4 gramas de sal (por 100 gramas de produto final ou 0,55 gramas de sódio) passa a poder ser punido com coimas até cinco mil euros, estipula a legislação que os representantes dos panificadores desvalorizam, garantindo que já está a ser cumprida na maior parte dos casos"



"São os próprios autores da lei que admitem que o objectivo era ir mais longe. A ideia era começar pelo pão e avançar de seguida para outros alimentos".




O "Journal of the American College of Nutrition" publicou em 2006, um artigo de Norman K. Hollenberg que faz a revisão de vários estudos clínicos quanto à utilização de sal na alimentação. Este chega à conclusão que a redução diária de 6 gramas de sal tem um efeito muito modesto na redução da tensão arterial, apenas 1 a 3 mmHg na pressão sistólica e 0 a 2 mmHg na diastólica.



O autor conclui que a imposição da redução de sal na alimentação, como se fosse um veneno, é uma medida exagerada dada a fraca redução que este teria nos valores da tensão arterial.



A sensibilidade ao sal varia muito de pessoa para pessoa e essa sensibilidade é afectada pela idade, a raça, a obesidade,...



Quanto à fisiologia, sabe-se hoje em dia que a ingestão de sal no indivíduo saudável é normalmente eliminada pelos rins. Mas o mito instalou-se de que a sua ingestão leva a um aumento do volume dos fluidos, uma das razões da hipertensão arterial.



Estudos recentes mostraram que existe um segundo mecanismo regulador e que este ajusta e deposita o sódio no organismo, sem retenção de água suplementar (Titze et al. Osmotically inactive skin Na+ storage in rats. In: American Journal of renal Physiology, 2003).



Nem todas as pessoas hipertensas vão beneficiar, e de uma forma muito limitada, da redução de sal na alimentação. Sem esquecer que uma dieta pobre em sal pode conduzir a uma hiperactivação do sistema renina-angiotensina e do sistema nervoso simpático, a um aumento à insulina e À desidratação (sobretudo nos idosos). Tudo isto contribui então para um aumento dos factores de risco cardiovasculares.





A loucura da normalização.







Recomendar a indivíduos saudáveis uma redução da ingestão de sal não assenta em nenhuma vantagem bem definida.




O que está aqui em causa é querer impor normas alimentares sem a possibilidade da escolha individual em nome da saúde. A limitação da liberdade individual, como o sermos obrigados a comer pão com pouco sal, conduz-nos pouco a pouco para uma verdadeira ditadura do estado sobre os indevíduos.



Muito do aumento das doenças alimentares actuais deve-se à progressiva deterioração da qualidade dos alimentos devido à corrida desenfreada da procura do lucro fácil por parte da indústria alimentar. Os alimentos além de terem perdido o sabor, também perderam parte dos seus componentes originais, a tal ponto que hoje em dia somos obrigados a compra-los adicionados dos mais diversos componentes.



Comprar um litro de leite "normal" num supermercado revela ser uma verdadeira aventura: porque têm adicionado ferro, ómega 3, vitaminas e até cálcio (como se o leite não tivesse já a dose de cálcio natural necessária). Sou saudável e gosto do pão com bastante sal, mas vou ser obrigado a comê-lo com pouco sal, ou então terei de o fabricar, até que um dia a ASAE tenha também a autorização de vir controlar em minha casa o teor de sal do pão que confeccionei.




http://www.jacn.org/cgi/content/full/25/suppl_3/240S

http://www.prnewswire.co.uk/cgi/news/release?id=185290



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